Projetos expositivos
Co-Laborar | Projetos Expositivos
Conceito
“Co-laborar” é inventar, “fazer com” o outro. No “fazer com” não há distâncias ou isenção, mas sobretudo a mobilização das dimensões afetiva, cognitiva, háptica (tátil) e criativa, num encontro que pressupõe reconhecimento e valorização mútua.[1]
“Co-Laborar” situa-se no âmbito das tendências contemporâneas de mediação cultural e de desenvolvimento de experiências que combinam, a diferentes escalas várias disciplinas (designadamente a arte), sociedade, território e competências sociais. Podemos entender o projeto como uma prática colaborativa da plataforma [Portugal entre Patrimónios] onde se propõe um sistema dinâmico para pensar sobre um tema e desenvolver uma exposição com diretivas preestabelecidas, através de uma cultura de recombinação em rede.
Objetivo
Produzir um espaço participativo de aproximação à arte através de um sistema dinâmico de exposições com regras preestabelecidas centradas sobre um tema.
As várias interpretações desse tema, em diferentes locais e utilizando suportes e técnicas distintas possibilitarão um conjunto de resultados diversificados, de natureza material, imaterial ou digital, e com acessibilidade local ou remota. O mapeamento destes resultados evidenciará uma diversidade de interpretação e sensibilidades passíveis de confronto.
Destinatários
Comunidades (tanto de artistas como de não-artistas) ou entidades que pertençam, ou não, à rede [Portugal entre Patrimónios] e que considerem ter as condições necessárias ao desenvolvimento do projeto.
Tema
“TODOS NÓS NASCEMOS ORIGINAIS E MORREMOS CÓPIA”
A frase é atribuída a Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço fundador da psicologia analítica e criador de alguns dos mais conhecidos conceitos na área da psicologia. O seu trabalho abrange, entre outros, os campos da psiquiatria, da religião, da filosofia, da arqueologia, da antropologia e da literatura.
Contextualização temática
O ser humano é totalmente cultural. Todos os nossos atos são totalmente culturalizados na circunstância efémera de sermos humanos – nascemos, comemos, falamos, socializamos, pensamos, conhecemos, lemos, trabalhamos, cantamos, dançamos, morremos, …
Afirmamo-nos pela nossa capacidade de reconhecimento e de relação e pela nossa capacidade de projetar. A procura de eficácia instrumental leva-nos a práticas culturais distintas. A arte é uma delas, porque o homem pode sobretudo criar.
Diretivas do projeto
- O título da exposição corresponde ao tema. Poderá ter subtítulo.
- Cada exposição deve focalizar-se e refletir sobre o tema proposto. O que se pretende é que cada entidade e/ou comunidade consiga criar a sua própria exposição com os recursos que tiver disponíveis.
- A exposição deve ser concebida pela entidade e/ou a comunidade em que se insere. A plataforma [Portugal entre Patrimónios] não terá qualquer interferência nesta.
- Os elementos expositivos e a exposição podem ser de natureza material, imaterial ou digital e de acessibilidade local ou remota.
- Os elementos que compõem a exposição podem ser existentes ou ser criados para esse efeito, sendo possível utilizar qualquer tipo de técnica.
- O início de cada exposição será em data a definir pela respetiva entidade promotora entre Março de 2019 e Maio de 2020. A duração de cada exposição é determinada pela entidade promotora.
- A exposição deve ser fotografada ou filmada e devidamente caracterizada para uma possível divulgação nas plataformas disponíveis para esse efeito. Os vídeos não devem exceder os 15 minutos.
- Os materiais para divulgação da exposição devem ter autorização dos respetivos intervenientes.
- A inserção dos conteúdos da exposição nas plataformas está sujeita aos critérios editoriais do MNAC.
- Datas limite: 1.ª fase de apresentação do projeto até fevereiro 2020; 2.ª fase de reportagem até 15 de abril de 2020.
Contacto
lsaldanha@mnac.dgpc.pt
Dinamizadores: MNAC (Lúcia
Saldanha) + EMERGE (Daniela Ambrósio)
[1] https://portalseer.ufba.br/index.php/revteatro/article/viewFile/20616/13242